Brasileira cresce no fim da prova e supera bielorrussa para subir ao pódio
A bielorrussa Natalia Shavel estava perto do pódio. Muito perto. Mas não contava com uma brasileira voando na reta final dos 50m borboleta S5. Com uma reação fantástica no fim da prova, Joana Silva superou a rival por dois centésimos e, com o tempo de 46s62, conquistou a medalha de bronze nesta sexta-feira, nas Paralimpíadas de Londres. O ouro ficou com a norueguesa Sarah Rung (41s76), e a prata com a espanhola Teresa Perales (42s67). Quando saiu da água, Joana já pensava quatro anos na frente, de olho nos Jogos de 2016.
- Estou muito feliz porque fiz uma boa prova e representei bem o Brasil. Foi o que eu sonhei, foi o que eu esperei, a minha família sempre me fortaleceu. Consegui minha melhor marca, mas quero melhorar bem mais, porque Rio 2016 está aí. E quero medalha não só de bronze, mas ouro, prata - avisou Joana, em entrevista ao SporTV após a prova.
Aos 25 anos, Joana, ou "Peixinho", como costuma ser chamada, leva mais uma medalha paralímpica para o Rio Grande do Norte. Na quinta-feira, Edênia Garcia, que nasceu no Ceará mas mora em Natal desde criança, conquistou a prata nos 50m costas S4. Edênia também precisou superar uma adversária na reta final, a chinesa Juan Bai. Joana ainda briga por mais uma medalha no sábado, nos 100m livre S5.
Diagnosticada com acondroplasia, uma forma de nanismo, quando tinha pouco mais de 1 ano de idade, Joana começou a nadar aos 10 e passou a competir aos 13. Em 2010, foi reclassificada para a classe S5 e dali em diante conseguiu bons resultados. No ano passado, conquistou quatro ouros no Pan de Guadalajara.
'Esse bronze tem gosto de ouro', diz a nadadora potiguar Joana Silva
Com resultado em Londres, ela espera inspirar outras nadadoras. 'Dá um orgulho enorme conquistar uma medalha na minha primeira Paralimpíada'
As mulheres potiguares foram as responsáveis pelas duas únicas medalhas do Brasil em Londres até agora. Na quinta-feira, Edênia Garcia conquistou a prata nos 50m costas da classe S4. A estrela desta sexta-feira foi Joana Maria Silva, bronze nos 50m borboleta na classe S5. Com o tempo de 46s62, Joaninha alcançou o terceiro lugar da prova e bateu o novo recorde das Américas.
- Mentalizei para nadar em 47 segundos, mas deu em 46. Está ótimo! O que eu queria era uma medalha aqui. Esse bronze tem gosto de ouro - disse Joana.
Com o resultado em Londres, Joana espera inspirar outras nadadoras.
- Dá um orgulho enorme conquistar uma medalha na minha primeira Paralimpíada. Espero que seja um incentivo para as meninas verem que a gente também pode subir no pódio - conclui.
Parabéns Joana Silva pela dedicação, garra e luta pelo esporte e levar o nome do Brasil ao pódio!!!
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