segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Brasil encerra Paralimpíadas com sua melhor posição na história

País terminou em 7º com 21 ouros, cinco a mais do que Pequim-08, quando teve mais medalhas no geral: 47 a 43



O Brasil fechou neste domingo, com a medalha de ouro de Tito Sena, da classe T46 da maratona, sua melhor participação em Paraolimpíadas na história. Ao todo foram 43 medalhas em Londres, sendo 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze, o que rendeu ao país duas posições a mais no quadro geral de medalhas em relação a Pequim-2008, terminando num espetacular 7º lugar.


Na última edição dos Jogos, o Brasil arrematou 16 douradas. Mas, no total, na edição chinesa o país teve mais medalhas, com 47. No entanto, ficou em nono. A distância para o 6º colocado, os Estados Unidos, ainda é grande. Foram dez medalhas de ouro a menos, e um total de 55 de diferença no geral. Aliás, o Brasil também teve menos medalhas do que a oitava colocada Alemanha (66 a 43), porém conquistou três ouros a mais (21 a 18).


A grande vencedora dos Jogos foi a China, com 95 ouros, nada menos do que 60 medalhas douradas que a segunda colocada Rússia. No geral foram 231 chinesas contra 101 dos russos.
O grande nome do Brasil nas Paraolimpíadas foi o nadador Daniel Dias, que venceu as 6 provas que competiu. Com a façanha, ele se tornou o maior atleta paraolímpico do país com 15 medalhas, sendo 10 de ouro!!!

 
Em 7º na Paraolimpíada, Brasil revê objetivo de top 5 no Rio
Apesar de ter evoluído no quadro de medalhistas de ouro dos Jogos Paraolímpicos em suas últimas quatro edições, o Brasil pretende rever a meta de estar entre os cinco melhores na Rio-2016.
Com seis medalhas de ouro nos dois últimos dias de competição, os brasileiros ultrapassaram a Alemanha, país que vinha em intensa disputa, e garantiu o sétimo lugar, com 21 ouros e 43 medalhas no total.


"Nossa participação foi a melhor possível. Atingimos nossos objetivos gerais. O número total de medalhas foi menor do que em Pequim [47], o que atribuímos a lesões e desclassificações de alguns atletas", disse Andrew Parsons, presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
A revisão da meta brasileira decorre de resultados abaixo do esperado por potências paradesportivas como o Canadá (20º) e a provável melhoria de desempenho da Alemanha, da Austrália e dos EUA, nações que possuem centros específicos de treinamento dos paraolímpicos.


A forte dependência do país de resultados de poucos para-atletas (apenas o nadador Daniel Dias ganhou 28,5% do ouro do país) não preocupa o comitê, que afirma ter boa base de renovação na maioria dos esportes.
Parsons declarou que a estratégia brasileira vai continuar sendo dar foco ao programa de competidores de alto desempenho, na busca por medalhas de ouro.
"Os resultados de ouro nos dão mais visibilidade e aumentam as chances de captar mais recursos. Ainda há muito pouco apoio da iniciativa privada ao paradesporto", diz o presidente do CPB.


Para os preparativos da Rio-2016, os recursos projetados pelo comitê para serem aplicados são em torno de R$ 300 milhões, quase o dobro do aplicado entre 2008 e 2012.
Como próxima sede dos Jogos, o Brasil terá vaga garantida em todas as modalidades. Em Londres, a participação foi em 18 das 20.

Esportes como o levantamento de peso, rúgbi em cadeira de rodas, basquete em cadeira de rodas, vela e tiro com arco terão de ter maior organização e intensificação dos trabalhos para competir de igual para igual com outras nações, segundo o CPB.
Campeã da Paraolimpíada com um resultado impressionante de 95 ouros (quase o total do 2º, 3º e 4º colocados juntos), a China vai fazer uma parceria de cooperação técnica com o Brasil para o próximo evento.


Esperamos que todo esse investimento anunciado após essa grande vitória do paradesporto brasileiro realmente chegue aos atletas, comissão técnica e para a parte técnica/tática, além de instrumentos e materiais, para que os nossos atletas, que em sua maioria, treinam de forma amadora, possam se profissionalizar a cada dia mais e que possamos ser um celeiro de novos atletas com mais investimentos de empresas privadas e um olhar mais carinhoso de nosso governo federal para a Educação Física Escolar Adaptada, que é sem dúvida a grande responsável pela descoberta de novos atletas e base para os que já iniciaram seus treinamentos e vislumbram chegar no Rio 2016!!!


Que possamos ter mais “Danieis Dias” e “Terezinhas” no Rio de Janeiro levando o nome do nosso país ao lugar mais alto do pódio, e que além da parte desportiva, que seja realmente feita e respeitada a Inclusão Social, não só dos atletas mas sim, de todos os deficientes de nosso vitorioso país!!!

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