Antônio Souza toca em Yohansson Nascimento fora da área demarcada e
a equipe brasileira é punida. Oscar Pistorius garante o ouro para seu país
A equipe brasileira chegou perto do ouro na final do revezamento 4x100m T42/46 das Paralimpíadas, terminou na segunda posição, mas acabou sendo desqualificada pela organização após a disputa e perdeu a medalha de prata. Na terceira passagem, Antônio Souza se precipitou ao tocar em Yohansson Nascimento fora da área que estava demarcada e o time acabou sendo eliminado. Com Oscar Pistorius fechando a série, a África do Sul garantiu a vitória e o recorde mundial, com o tempo de 41s78.
Os Estados Unidos, que haviam conquistado o bronze, também foram desclassificados. China (42s98) e Alemanha (45s23) herdaram, porém, o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
A prova foi marcada pelo equilíbrio. Emicarlo Souza foi o primeiro brasileiro a correr e ficou atrás dos rivais. Na sequência, Yohansson Nascimento e Antônio Souza aumentaram o ritmo do time e recuperaram posições. Alan Fonteles entrou em ação logo depois, chegou a brigar pelo ouro com Pistorius, mas não conseguiu superá-lo. O revezamento do Brasil fez o tempo de 41s92.
A eliminação abalou bastante os brasileiros, que já tinham dado volta olímpica ovacionados pelo público. Ainda na pista, o quarteto recebeu a informação pelo telão e deixou o local cabisbaixo. Os brasileiros chegaram a pensar em recorrer do resultado, mas desistiram ao ver o erro em um vídeo.
- Se fosse para causar tudo isso aí, não era nem para jogar o nosso resultado no telão. Eles podiam ter segurado o tempo que fosse, ficaríamos esperando. Seria melhor do que comemorar também e agora sair assim - lamentou Alan Fonteles.
Maior nome do Brasil, o jovem se mostrou mais chateado pela decepção dos companheiros que não subiram no pódio, casos de Antônio Delfino e Emicarlo Souza.
- Dói pelos meus companheiros que treinaram tanto. Somos mais do que uma equipe, somos uma família. Estamos no mesmo apartamento na Vila, não nos separamos. Estou muito triste por eles.
Durante toda entrevista, Alan não conseguiu esconder o abatimento e admitiu que não será fácil renovar o astral para final dos 100m T44, nesta quinta.
- É difícil. A noite vai ser bastante calada, íamos comemorar muito, mas... Infelizmente não deu.
Mas o importante é competir!!! Todos sabem da dedicação nos treinamentos, e esse deslize na passagem do bastão é comum, infelizmente se deu num momento de maior destaque, mas isso não tira o brilho da prova que vocês fizeram e agora é intensificar ainda mais os treinamentos e esperar para o Rio 2016, junto de nossa torcida, subirmos ao pódio e coroar esse trabalho fantástico que vocês realizam!!!
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