terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ginástica inclusiva

Novas modalidades para trazer portadores de necessidades especiais para as academias


A preocupação com a qualidade de vida de deficientes físicos extrapolou as telas da TV e está ganhando forma e espaço na sociedade. Na 20ª. Fitness Brasil, feira do setor de ginástica e bem-estar que acontece em Santos até este domingo (02/05), dois grandes destaques estão voltados a essa área.
Onze meses depois de sofrer um acidente de moto em que perdeu as duas pernas e teve o braço direito reconstruído, o professor de educação física e de Tae-kon-do Cleuton Nunes, 30 anos, lança uma aula de ginástica pensada especialmente para trazer portadores de necessidades especiais de volta às academias. Os exercícios trabalham membros superiores e rotação do tronco, usando movimentos do boxe e do Pilates. Batizada como “Moving Chair”, algo como “cadeira móvel”, a aula foi apresentada em primeira mão exclusivamente ao Delas.


Durante os 45 minutos de duração, são realizados movimentos de força e equilíbrio, utilizando resistência corporal, bolas e elásticos. A aula não é exclusiva para cadeirantes, pelo contrário. “A ideia é unir todas as pessoas. Os exercícios são funcionais, do dia-a-dia. Com o trabalho direcionado, você passa a ter mais controle sobre o tronco e, logo, sobre a cadeira. Controlar a cadeira é ter de volta a sua independência, e ganhar novamente seu direito de ir e vir, só que de uma forma diferente”, relata Nunes. Para quem não é cadeirante, a aula traz um fortalecimento importante da coluna, melhorando a postura e facilitando ações como carregar as compras, estender a roupa no varal, pegar o filho no colo.


Para quem tem necessidades especiais, a nova modalidade também traz outros benefícios: “Quando algo assim acontece, ou você se entrega e desiste ou você levanta a cabeça e segue adiante. Eu fiz essa escolha e voltei a treinar. O exercício melhorou muito a minha vida, minha auto-estima aumentou, ganhei força para ajudar na transferência da cadeira para a cama, da cadeira para o chão”, relata Paulo César de Oliveira, 29 anos, ferreiro. Ele ficou paraplégico por conta da violência no trânsito. “O farol abriu, eu dei sinal de luz para o carro da frente, que não saiu. Ultrapassei o carro e segui adiante. Na outra curva, o motorista do carro que estava parado atirou no meu carro. Duas balas atingiram a minha coluna.”


Exemplos como o do professor Cleuton Nunes deve ser seguido por todos! Através da adversidade dele, encontrou forças e com sua técnica e conhecimento decidiu ajudar aos outros de uma maneira inovadora e alegre! Alem de fazer a perfeita integração entre cadeirantes e outros alunos da academia!!! Que essa iniciativa seja seguida por mais pessoas para o bem e qualidade de vida de todos!!!


Parabens Professor Cleuton Nunes

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