quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A gana de se superar em evolução

Superação e força. Estas duas palavras podem simbolizar o que representa o esporte paraolímpico. Superando limitações que a vida lhes impôs, seus atletas deram a volta por cima através do esporte para se tornarem motivos de alegria e orgulho nacionais. Embora não seja ainda uma grande potência do paraolímpico e enfrente dificuldades como a escassez de investimentos, o Brasil vem construindo sua reputação no cenário mundial com os êxitos de grandes atletas como a velocista Teresinha Guilhermina, veterana das pistas, e do nadador Daniel Dias, nosso recordista em medalhas.
Em solo brasileiro, o esporte começou a ser praticado pelo cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis. Os dois fundaram o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e, meses depois, Sergio Seraphin del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, em 1959.
Mas foi apenas na década de 1970 que o esporte paraolímpico começou a ser difundido com a criação da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE). Na mesma época, o Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos, em Heidelberg, na Alemanha. Nossa primeira medalha viria em 1976, quando Robson Sampaio de Almeida e Luís Carlos Curtinho conquistaram a prata na bocha.


Quase dez anos depois, a corredora deficiente visual Márcia Malsar ganhou a medalha de ouro nos 200m rasos, em Nova York. Em 1995, foi criado o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), órgão responsável pela organização de eventos no Brasil e por enviar equipes para disputar os eventos organizados pelo Comitê Olímpico Internacional. Um ano depois, a delegação brasileira fez sua estreia oficial em uma edição dos Jogos Paraolímpicos tendo um órgão afiliado ao Comitê Paraolímpico Internacional. Hoje, o CPB traz 20 modalidades esportivas destinadas a deficientes físicos.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, o Brasil alcançou o topo da tabela pela primeira vez na história com 197 medalhas, sendo 81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze, deixando para trás, grandes potências como Estados Unidos e Cuba.


Que em Londres, mais uma vez, os nossos super atletas possam definitivamente marcar seus nomes na história e fazer a bandeira tremular no mais alto do pódio na terra britânica, e que as imagens que serão refletidas aqui em nosso país possa ser revertida em apoios e patrocínios para que esses nossos heróis possam continuar a dar orgulho a essa terra Mãe Gentil.


    E que a imprensa "consiga" divulgar ainda mais os resultados paraolímpicos de nossos atletas, que na última Olimpíada em Beijing 2008 conseguiu o histórico 9º lugar, entrando no TOP 10 do mundo!!!

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