quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dia Sem Limites


Vale divulgar na íntegra o recado da empresa para todos ...

Sobre a campanha
Acreditamos no poder transformador que o esporte tem na vida das pessoas, por esta razão, lançamos a Campanha Dia Sem Limites, que terá como objetivo contribuir com iniciativas do Esporte Adaptado e será realizado todo dia 11 de outubro – Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física.
Em sua primeira edição, em 11 de outubro de 2012, 5% do faturamento do dia (exceto impostos e fretes) será destinado ao programa “Escola do Esporte Adaptado da ADD” (Associação Desportiva para Deficiente)
Nesta primeira edição, nossa meta será dobrar o número de modalidades oferecidas pelo programa, promovendo a compra de equipamentos esportivos para cinco novas modalidades, sendo elas: tênis de mesa, ciclismo, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco e rugby em cadeira de rodas. Além disso, a Campanha também ajudará na compra de equipamentos para a manutenção das modalidades já existentes na Escola.
Queremos contribuir, efetivamente, para o crescimento do Esporte Adaptado no país e, quem sabe, com os resultados nas Paraolimpíadas de 2016. Este é o nosso plano e é por isso que estamos dando início ao Movimento #EsporteSemLimites que tem a Campanha Dia Sem Limites como uma de suas principais ações.


O que é limite?
Sentido figurado: o que não pode ou não deve ser ultrapassado.
Fonte: Dicionário Houaiss
A empresa Netshoes acredita que nada é maior que a vontade humana de viver e se superar. Por isso ela começa hoje um movimento inédito,que vai mostrar que não há limites quando há vontade de vencer.

É o Movimento #EsporteSemLimites

Por que ser sem limites é quebrar barreiras para oferecer a quem quer que seja, onde quer que esteja, recursos e acesso para praticar o esporte que quiser.

A Netshoes e todos engajados na Inclusão acreditam nisso!!!


 
http://www.netshoes.com.br/especial/esportesemlimites?mi=home_nova_cm_gen__f1__HS-campanha_121011&cm_sp=f1-_-gen_-_-_HS-campanha_dsemlim_var_esportadap__121011


 Categoria Esporte Adaptado
Uma iniciativa de primeira da Empresa Netshoes
A Netshoes é uma empresa multiesportiva que defende o esporte para todos. Então nada mais natural do que também oferecermos produtos para o esporte adaptado. Numa iniciativa inédita, lançamos essa nova categoria de produtos no site e passamos a ser a primeira loja de esportes no Brasil a antender esse público.
A nova categoria nasce com mais de 50 itens, atendendo modalidades como bocha, basquete, futebol, goalball, rugby, entre outras.
Como tudo tem um ponto de partida, no esporte não poderia ser diferente. A partir de agora, mais pessoas poderão praticá-lo e terão suas vidas transformadas. Isso é apenas o começo. Se depender de nós, o esporte e a qualidade de vida que ele proporciona nunca terão limites.
Abaixo está o link para os itens, simplesmente sensacional:

http://www.netshoes.com.br/categoria/esporte__adaptado?mi=lesp_semlimites__bannerloja1__cat-adap_121005&cm_sp=bannerloja1-_-_-_-_cat-adap_dsemlim_rel___1210

Série - Esporte Sem Limites
Superação
A Série Esporte Sem Limites não é apenas uma série de documentários. São histórias únicas de superação e conquistas de pessoas que desafiaram e ultrapassaram seus próprios limites com o esporte. Os personagens dessas histórias são pessoas comuns e atletas da ADD e ACIDE, associações que a Netshoes apóia. Essas pessoas são vencedores sem limites quando contam momentos especiais de suas vidas, o que as motivam a praticar esporte todos os dias e como o esporte transformou suas rotinas.
Cada palavra é dita com paixão. Cada frase é expressa com o sentimento de quem deixou para trás todo e qualquer limite no mundo. As lágrimas de quem conta essa sensação de ficar em pé se transformam em alegria. O sorriso de quem demorou seis meses para fazer uma cesta mostra a persistência e a vontade de se superar. A vontade do garoto de acertar no alvo pela primeira vez.
Cada uma das sete histórias da Série Esporte Sem Limites tem uma emoção em especial, algo que nos leva a crer em algo muito maior do que o esporte em si, mais uma prova de que no esporte, todos são iguais. Todos os filmes contam o presente, e nos levam a refletir sobre o futuro. Mais do que isso. Todos os filmes mostram que o esporte faz mais que o bem, ele transforma vidas.
Veja, se emocione, compartilhe. Viva como esses atletas: Sem Limites.


http://www.netshoes.com.br/especial/esportesemlimites?mi=home_nova_cm_gen__f1__HS-campanha_121011&cm_sp=f1-_-gen_-_-_HS-campanha_dsemlim_var_esportadap__121011


Projetos Apoiados

ACIDE
Entidade: ACIDE – Associação pela Cidadania das Pessoas com Deficiência
Projeto: Educação Física Adaptada: O Esporte ao alcance de todos.
Período de realização: de março/2012 a Abril/2013
Local: Santo André / SP

A ACIDE foi fundada em 2000 com o objetivo de lutar pelos direitos da pessoa com deficiência de desde 2002 vem desenvolvendo um trabalho de natação adaptada, objetivando a inclusão social através do esporte.
O “Esporte ao Alcance de Todos” promove a melhora da autoestima de tal forma que as pessoas com deficiência sintam-se encorajadas para conviver mais intensamente em suas comunidades (escolas, parques, shoppings, clubes, etc)

Projeto apoiado através da Lei de Incentivo ao Esporte do Estado de São Paulo

Olga Kos
Entidade: Instituto Olga Kos
Projeto: Taekwondo, exercícios para a inclusão.
Período de realização: de Maio/2011 a Fevereiro/2012
Local: Diadema / SP

Unir esporte, artes, e inclusão social é criar possibilidades para potencializar p desenvolvimento humano e ampliar horizontes. Por meio de filosofias como esta, que em 2007 nascia o Instituto Olga Kos. Ele atende na cidade de São Paulo aproximadamente 1000 crianças, jovens e adultos com Deficiência Intelectual, particularmente a Síndrome de Down.
O objetivo do projeto “Taekwondo, exercícios para inclusão” é promover o desenvolvimento físico saudável, estimular maior sociabilidade e ampliar as capacidades cognitivas e criativas de jovens e adultos com Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais.


Projeto apoiado através da Lei de Incentivo ao Esporte do Estado de São Paulo


ADD
A parceria com a ADD nasceu durante a Campanha de Natal de 2011, em que o vencedor da promoção. Além de levar para casa uma Land Rover, também ganharia a experiência de vivenciar um dia de Papai Noel distribuindo R$30.000,00 em presentes Netshoes.
A Entidade escolhida foi a ADD, que pôde levar cerca de 100 crianças do programa da Escola do Esporte Adaptado a um evento promovido no Parque da Xuxa para a entrega dos presentes.
Sobre a ADD
A ADD - Associação Desportiva para Deficientes é uma instituição, sem fins lucrativos, fundada em 1996 pelo professor Steven Dubner e pela administradora de empresas Eliane Miada que, dentro de sua filosofia de trabalho, desenvolve projetos que facilitam o processo de integração e inclusão da pessoa com deficiência na sociedade através do esporte.
Saiba mais em: www.add.org.br


Parabéns para a Empresa Netshoes, realmente se trata de uma Campanha e atitude louvável e se aplaudir de pé, pois o serviço que vocês estão prestando à toda Sociedade, refletira à todos, pois a Inclusão beneficia à todos!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ícone paraolímpico, Daniel Dias ensaia fazer política em causa da acessibilidade a deficientes


Após dominar as piscinas de Londres na última edição da Paraolimpíada, que acabou neste mês, o brasileiro Daniel Dias se volta para um desafio que a princípio pode parecer mais simples, mas que requer um outro tipo de esforço. O maior destaque individual dos Jogos de Londres se volta agora à cidade em que vive, em ensaio de engajamento político pela causa da acessibilidade para deficientes.
Com seis ouros no peito na volta ao Brasil e o novo status de maior medalhista paraolímpico do país, Daniel acompanha com distância calculada as eleições municipais de Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Na condição de celebridade local, o nadador não deseja se envolver com candidatos, mas pretende ser ouvido pelo futuro prefeito a respeito de possíveis melhorias na condição de vida e cidadania para deficientes físicos, que hoje, em sua opinião, são insatisfatórias.
"Eu ando porque tenho a minha prótese, consigo me virar. Mas não é uma cidade preparada. O centro da cidade tem postes no meio da calçada. Então é difícil um cadeirante andar por lá. É algo que eu tenho brigado e batalhado para que as pessoas se conscientizem a mudar isso", afirmou o campeão paraolímpico.


"Para ouvir, não [procuram], mas para pedir voto, sem dúvida. Eu acho que seria uma oportunidade boa para eles [candidatos a prefeito] virem conversar comigo, realmente pensando nisso. Espero que quem ganhe venha conversar comigo para que a gente possa fazer o melhor para a cidade. Posso dizer que estou à disposição para que a gente possa ser uma cidade exemplo", acrescentou.
Daniel Dias nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita. O brasileiro descobriu a natação apenas aos 16 anos, mas conseguiu um desenvolvimento técnico veloz. Hoje, após duas aparições na Paraolimpíada, acumula 15 medalhas: dez de ouro, quatro de prata e uma de bronze.  
Em Bragança Paulista, a menos de 100 km de São Paulo, Daniel tem se tornado uma espécie de referência para deficientes da região, animados com o que vislumbram ser uma oportunidade de inclusão através do esporte. Diante desta demanda, a prefeitura local prepara uma piscina adaptada, em complexo de treinamento que levará o nome do atleta [segundo a prefeitura, a inauguração acontece nas próximas semanas].
"A própria piscina onde eu treino não era [adaptada]. Hoje fizeram um acesso, então os cadeirantes conseguem entrar. A gente estava tendo uma procura muito grande. E agora vai inaugurar uma nova piscina lá, toda adaptada, o cadeirante vai descer até a água com a cadeira. A gente conseguiu esse projeto, bacana que vai ter o meu nome. Piscina Daniel Dias, pública, da cidade, de 25 metros. A gente está conseguindo, através do esporte, ter essa inclusão. Mas infelizmente o lugar onde eu moro não está preparado", descreve o atleta de 24 anos.


Campeão usa Projeto de Dilma para manter Equipe de 6 pessoas
Anunciado na última semana, o plano de medalhas do governo federal visando o ciclo dos Jogos de 2016 deve contemplar Daniel Dias com recursos capazes de manter sua equipe de trabalho. O maior medalhista paraolímpico do país conta com seis pessoas e agora espera poder remunerar adequadamente os profissionais.
De acordo com o projeto anunciado pela presidente Dilma Rousseff, os atletas de ponta do universo olímpico e paraolímpico terão um auxílio de R$ 15 mil por mês, com outros R$ 10 mil para remuneração do treinador, além de quantia para ajuda multidisciplinar (fisioterapia, nutricionista, etc.) e custos de viagem.
Além do técnico Marcos Rojo Prado, Daniel Dias conta com dois preparadores físicos (musculação e pilates), um médico, um nutricionista e um fisioterapeuta. Hoje o atleta se dedica exclusivamente ao esporte, mas almeja voltar a cursar Educação Física, faculdade que trancou após dois semestres cursados.
O próximo compromisso esportivo de Daniel Dias é o Mundial do Canadá em 2013. "Agora o Mundial acontece a cada dois anos, antes esse ano [pós-Paraolimpíada] era chamado de ‘ano morto’, não tinha nada. Em janeiro começo a treinar pensando no evento", diz.


Daniel Dias divulga esporte em escolas e é assediado por curiosidade sobre deficiência


Paraolímpicos de Londres, Daniel Dias está se acostumando com o reconhecimento, mas gosta de assédio do público. Um dos homenageados do prêmio da revista Sport Life na última terça-feira (02.10.12), o nadador, que trouxe seis ouros de Londres para o Brasil, celebra a conquista de espaço do esporte paraolímpico.
"Muitas vezes me param na rua, mas não sabem meu nome, perguntam se não sou o atleta da natação que ganhei várias medalhas. Mas eu gosto disso. A gente sempre batalhou para ter esse reconhecimento, estamos conquistando nosso espaço aos poucos. Tem uma aceitação maior de, pô, além do cara ser deficiente ele é um atleta"
Na busca por divulgar cada vez mais o esporte paraolímpico, Daniel Dias costuma ir à palestras em escolas, para contar sua experiência e apresentar a modalidade para os mais novos. Contente com o assédio das crianças, ele conta que a aceitação por sua deficiência é maior que antes, quando não se via como "modelo" e que, até, gera curiosidade.


"É muito gratificante você ver uma criança, digamos, dita normal e vim falar pra mim 'você é um exemplo de pessoa, de atleta, de tudo', isso é muito bacana. Criança é muito bacana. Eles querem encostar, pegar no braço que não tem pra ver se é de verdade, querem pegar a perna pra sentir a prótese. Perguntam de tudo, se eu nado assim, como eu durmo, como eu como e às vezes até como com eles do lado, a gente vai interagindo e isso é muito legal", conta.
Satisfeito com o atual investimento no esporte paraolímpico, o atleta vê um crescimento no país e conta que faz intercâmbio para o exterior só para estudar os adversários.
"A gente viaja para ver como os nossos atletas estão se preparando mesmo, ver como estão sendo os treinamentos. O investimento que a gente está tendo já era bom e agora vai crescer com esse 'plano medalha' que está sendo lançado pelo governo. É algo que a gente sempre batalhou e agora estamos conquistando isso", comemora.


Parabéns ao nosso super atleta Daniel Dias e isso é reflexo do trabalho que ele vem desempenhando a um bom tempo! Todos esses frutos colhidos agora, vem das semeaduras de outrora! E ele merece tudo isso e muito mais!!! Que venha Rio 2016 e mais medalhas!!!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Conheça avanços que ajudam deficiente a conseguir trabalho


Enquanto o mundo celebra as extraordinárias conquistas dos atletas paraolímpicos nos jogos de Londres, portadores de deficiências em todo o mundo enfrentam desafios cada vez mais sérios na luta por espaço no mercado de trabalho. As dificuldades físicas, aliadas ao preconceito e ignorância, ficam ainda mais difíceis de superar em tempos de recessão econômica.


Muitos acreditam que a tecnologia - que auxiliou tantos atletas durante as Paraolimpíadas - tem um papel importante em permitir que o portador de necessidades especiais brilhe também fora do Parque Olímpico, realizando seu potencial nas mais diversas profissões. A BBC ouviu alguns dos profissionais trabalhando neste para isso.

Revolução Biônica
Um dos líderes na batalha para que a tecnologia abra os caminhos do mundo aos portadores de deficiências está o americano Hugh Herr, professor do Media Lab do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Massachusetts, Estados Unidos. Ele acredita que os avanços da tecnologia biônica podem liberar o potencial de uma força de trabalho que, até agora, vinha sendo subutilizada.


"Eu prevejo uma revolução de biônicos", disse Herr. "Estamos entrando em uma era biônica, onde começamos a ver tecnologia que é sofisticada o suficiente para imitar funções fisiológicas importantes". Ele fala com convicção e tem boas razões para isso. Como diretor da companhia iWalk - que fabrica próteses robóticas que imitam as funções de membros do corpo humano - Herr trabalha com biônicos diariamente.


Além disso, o professor personifica a revolução que prevê. Durante uma mal sucedida expedição de alpinismo em 1982, Herr sofreu ulcerações tão graves provocadas pelo frio que suas pernas tiveram de ser amputadas abaixo dos joelhos. Hoje, graças aos produtos que ele próprio desenvolveu, Herr continua a praticar alpinismo.
As próteses biônicas que produz são tão avançadas que não apenas imitam as funções de uma perna humana normal - elas são, em vários aspectos, superiores. E estão disponíveis comercialmente em outros 50 centros espalhados pelos Estados Unidos. Um cliente da iWalk, um trabalhador de fábrica de Ohio, conseguiu voltar ao trabalho apenas duas semanas após ter suas novas pernas ajustadas.


"Podemos colocar as pessoas de volta no trabalho, o que é (uma conquista) imensa. Só isso custaria ao Estado milhões de dólares". "Além disso, podemos reduzir ou eliminar gastos". Herr explicou que, quando uma pessoa manca, há efeitos colaterais, como dor nas costas e nas juntas. E eles tendem a aumentar com o passar dos anos. "Tivemos pacientes cuja dor foi cortada pela metade, ou em 75%, o que é bastante".

Combatendo o estigma
Para alguns, no entanto, não se trata de retornar ao antigo emprego e, sim, de conseguir um trabalho. Barbara Otto é diretora da ONG Think Beyond the Label, uma entidade que tenta auxiliar empresas que desejam contratar pessoas com necessidades especiais. A ONG criou um portal digital que funciona como uma rede social, permitindo que empregadores e força de trabalho façam contato. A entidade organiza, por exemplo, feiras online onde empresas e candidatos a empregos podem se encontrar.


Com isso, Think Beyond the Label tenta romper o estigma que tantas vezes mantém pessoas com deficiência fora do mercado de trabalho. "A grande vantagem dessas feiras profissionais online é que não há necessidade de que as empresas viajem, e não há a necessidade de que as pessoas com deficiências viajem para um determinado local". "Isso rompe quaisquer inibições que um empregador possa ter, ou que uma pessoa portadora de deficiência possa ter, ao entrar em contato".


Otto acredita que empresas têm muito a ganhar ao empregar pessoas com necessidades especiais. "Sempre digo, se você quiser contratar alguém que pense diferente, empregue uma pessoa portadora de alguma deficiência". "Suas experiências diárias fazem com que procurem inovar". "Quando buscamos inovações em design, tecnologia ou em usos de softwares, pessoas com deficiências são sempre capazes de oferecer essa inovação que faltava porque precisam inovar na sua vida diária".

Acesso ao trabalho
Outra importante frente de batalha na luta para colocar portadores de deficiências no mercado profissional é garantir a eles o acesso ao local de trabalho. "A tecnologia terá um papel central nesse processo", disse Alan Roulstone, professor de inclusão da Northumbria University, nas imediações de Newcastle, no norte da Inglaterra.


Ele acredita que a grande estrela nesse palco são as tecnologias de navegação ambiental, ou sistemas de navegação por satélite adaptados para uso em prédios de escritórios. "Tendo em vista a maneira como a telefonia e as tecnologias de GPS (Global Positioning Systems) estão se desenvolvendo, acho que é apenas uma questão de tempo para que você tenha apps para celulares que permitam que pessoas com deficiências visuais, declínio cognitivo ou dislexia naveguem pelo ambiente".

Críticas
Alguns observam com cautela a emergência de tecnologias capazes de nos levar além das fronteiras da natureza - particularmente no caso dos biônicos, que podem ser usados para aumentar as capacidades do corpo humano. Essas questões não preocupam Hugh Herr, do MIT Media Lab. E ele explicou por que: "existe tanta dor e sofrimento no mundo hoje por causa de corpos que não funcionam muito bem. A narrativa dominante é construir uma sociedade onde essa dor e sofrimento sejam reduzidos".


"As pessoas, em geral, não acham que isso não seja ético". E acrescentou: "eu não consigo ver um problema em irmos além do que a natureza pretendia. Nós já fazemos isso, com celulares, bicicletas, carros e aviões".


Esses super humanos só querem ter os seus direitos respeitados e serem igualitários aos outros! Essa diferenciação entre eles e os tidos “normais” estão nas concepções dos outros, pois apesar de todas as limitações no aspecto de vida social quanto pessoal, eles passam e superam essas barreiras com muita disposição, garra e força de vontade! Deve haver uma acolhida e um pensamento aberto aos que circundam os deficientes, pois eles são extremamente capazes de realizar qualquer atividade e é claro que passará por dificuldades no início, como todos passam! Devemos abrir mais oportunidades tanto no mercado de trabalho, quanto de cursos técnicos e capacitações para que a cada dia que passe o processo de inclusão seja o mais natural possível.

Porto Alegre terá táxis especiais adaptados com elevador elétrico para acesso de cadeirantes

A Prefeitura de Porto Alegre apresentou nesta quarta-feira (12) o protótipo do novo tipo de táxi adaptado para cadeirantes. Os veículos devem começar a circular em 2013, conduzidos por 85 novos taxistas permissionados que engrossarão a frota de 3.925 táxis da cidade.


Os veículos serão utilitários, com capacidade para até cinco pessoas, reduzida para quatro quando utilizados por cadeirante. Eles serão adaptados com um elevador elétrico operado por controle remoto e que suporta uma carga de até 485 quilos. A preço da corrida será o mesmo dos táxis comuns.
"Mesmo adaptados, a tarifa será a mesma dos táxis comuns. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais a acessibilidade no transporte público da cidade.", afirma Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.


A utilização do novo modelo aguarda a aprovação de uma lei municipal com normas da licitação de concessão de serviço público, o que deve ocorrer até o fim deste mês.
Da população total de Porto Alegre (aproximadamente 1,4 milhão de pessoas), 23% possui algum tipo de deficiência total de visão, total de audição, grave de locomoção ou mental/intelectual.
O número estimado de pessoas com mobilidade reduzida (com alto grau de dificuldade, que utilize andador, muletas ou cadeira de rodas) é 23 mil, cerca de 1,67% dos habitantes, conforme o coordenador da Área de Acessibilidade da Seacis (Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social), João Boaventura Nicodemo de Toledo.


Atualmente, Porto Alegre conta com três veículos do tipo furgão que atendem num radiotáxi para cadeirantes com serviços agendados. Além disso, dos 1.672 ônibus, 53% (886 coletivos) são adaptados com elevadores ou rampas para cadeirantes.
Conforme legislação municipal, todos os novos ônibus a entrarem na frota devem ser adaptados. Já dos 403 táxis lotações (micro-ônibus com tarifa superior ao do ônibus convencional), 136 podem levar cadeirantes.


Que os nossos governantes possam tomar essa atitude da Prefeitura de Porto Alegre e abrir mais esse leque para os cadeirantes se locomoverem, facilitando seu translado por todas as regiões das cidades, sem sofrerem tanto com a precariedade do transporte público brasileiro! Parabéns à iniciativa de Porto Alegre.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cancún sedia campeonato regional de dança com cadeiras de rodas

É o primeiro campeonato do tipo na região. Evento conta também com modalidade mista.

 

Cancún, no México, sediou seu primeiro campeonato regional de dança com cadeiras de roda neste sábado (22.09.12). As fotos do evento foram divulgadas nesta terça-feira (25.09.12)


É o primeiro campeonato do tipo na região e o evento contou também com modalidade mista.


Simplesmente fantástico a garra e determinação destes competidores, que ditam ao mundo que é se quiser e com fé TUDO poderá ser feito!!!


Parabéns a estes exímios dançarinos, tanto pela arte quanto pela história de vida!!!


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

De próteses a recordes, Daniel Dias destrói barreiras: 'Escolhi ser feliz'

Com seis ouros e cinco recordes em Londres, nadador grava o nome na história do esporte paralímpico brasileiro e celebra: 'Sou atleta. Ponto final'



Daniel Dias cresceu no interior de Minas Gerais com uma "mania" que enlouquecia os pais: quebrar próteses. A má formação congênita dos membros nunca foi problema para a criança que se metia no meio dos amigos em peladas pelas ruas. O tempo passou, e a bola deu lugar a piscina. A rotina de "destruidor", entretanto, permanece intacta. No lugar das pernas mecânicas, Daniel quebra recordes. Um atrás do outro. Mundiais, paralímpicos, de medalhas... Vencer é um verbo que ele conjuga diariamente. Em Londres foi assim. Literalmente. Com seis ouros em seis provas individuais (passou em branco nos dois revezamentos), o nadador volta ao Brasil como maior atleta paralímpico da história do país. Consagração de quem riscou ainda na infância uma palavra do dicionário: limitação.


- Sempre aceitei (a deficiência) e fui feliz assim. É questão de escolha. E eu escolhi ser feliz. O resto nós buscamos com determinação e fé.
Daniel Dias buscou e escreveu, com apenas 24 anos, uma história impressionante. Há apenas sete anos no esporte - começou após ver Clodoaldo Silva brilhar em Atenas-2004 - o paulista de Campinas já coleciona 15 medalhas em duas Paralimpíadas: 10 ouros, quatro pratas e um bronze. O currículo tem ainda 19 ouros em Parapans, outros oito em Campeonatos do Mundo, dez recordes mundiais e um prêmio Laureus, o "Oscar do Esporte".
Conquistas suficientes para colocar o nadador entre os maiores do esporte brasileiro. A divisão entre olímpicos e paralímpicos não cabe mais. E o próprio Daniel é claro ao definir:
- Eu sou um atleta. Ponto final.


Um filme passou por sua cabeça, a sensação de dever cumprido era evidente, mas muita coisa ainda está por vir. Na conversa, o brasileiro confessou as noites em claro na Vila Olímpica de Londres, lembrou o momento exato onde o esporte competitivo entrou em sua vida e revelou que, apesar da vontade de descansar, comer hambúrguer e tomar refrigerante, os Jogos do Rio já ocupam sua mente. Confira todo o bate-papo abaixo:

Oito provas, seis ouros, quatro novos recordes mundiais e um paralímpico. Tudo ocorreu dentro do esperado? A sensação é de meta cumprida?
Se eu falar que não foi dentro do esperado, vou estar de brincadeira (risos). Os Jogos foram fantásticos. Marcaram a minha carreira para sempre. Saio com o objetivo cumprido. Sem dúvidas. Seis provas individuais, seis ouros. Estou muito feliz e grato a Deus.

Esse resultado o coloca em outro patamar a nível mundial? Você já se vê como um dos maiores nomes do esporte paralímpico?
Acho que o pessoal passa a respeitar mais não somente a mim, mas o Brasil. Passam a saber que também somos potência e estamos investindo no esporte, que 2016 promete. Não seremos só Daniel e André. Muita gente está chegando aí. Espero que as pessoas vejam o esporte paralímpico de outra maneira no Brasil. Esse negócio de respeito eu deixo para os adversários. Acho que eu já era reconhecido. Essas conquistas são excelentes para o país.
Você evitou comentar muito o recorde durante a competição. Agora acabou.


Você já é o maior atleta paralímpico da história do Brasil. A ficha já caiu?
Antes dos Jogos, eu confesso que não tinha parado para pensar nisso. Mas com o tempo eu fui ganhando as medalhas, vocês (jornalistas) foram perguntando, aí começou a passar pela cabeça. Hoje posso dizer que as duas últimas noites eu não dormi, dormi muito pouco. Fiquei pensando em tudo que tem acontecido, que eu estava entrando para história do esporte brasileiro... Saio de Londres completamente feliz, honrado por ganhar tantas medalhas em tão pouco tempo. Posso dizer que Deus está comigo. Isso não é para qualquer atleta. Em duas Paralimpíadas, estou entrando para história. Tenho pelo menos mais duas e espero carimbar de vez o meu nome.

Qual a primeira coisa que passa na cabeça quando você bate na borda, olha o placar e vê seu nome no primeiro lugar, recorde mundial?
Primeiro, é muita gratidão a Deus por essa oportunidade de bater recordes, melhorar minhas marcas, ganhar medalha. Depois, logo busco os meus pais nas arquibancadas. No sábado, não consegui achá-los (risos). Mas sempre procuro logo e quando acho é uma satisfação incrível ver a comemoração e a alegria deles. Além disso, esse público de Londres foi incrível. Todos os dias estavam lotados. O pessoal gostou bastante de mim, foram grandes momentos.


Você diria que estes Jogos mudaram definitivamente a visão externa do esporte paralímpico? Acabou aquela história de se falar muito em superação e as Paralimpíadas estão consolidadas como competição, alto rendimento?
Sem dúvidas. Londres vai ficar marcado na história do movimento paralímpico por conta dessa mudança. É algo que sempre buscamos, fazer com que as pessoas possam, sim, ver a superação dos atletas, é até legal, mas ver também que a galera rala, treina muito. Muitos recordes mundiais foram batidos. Estamos em um momento onde se o cara não se dedicar 100% a isso, não vai chegar a lugar nenhum. O que pedimos agora é investimento. É algo que tem aumentado muito. Então, pensamos: imagina se investissem mais, onde poderíamos chegar?

Podemos dizer que hoje quem vem para as Paralimpíadas é visto como atleta, assim como qualquer outro? Acabou aquela visão de uma pessoa com deficiência que se supera no esporte?
Sem dúvidas. Podemos definir assim: eu sou um atleta. Ponto final.
Queria que você voltasse um pouco no tempo, lá em 2004, quando você descobriu o esporte paralímpico e decidiu fazer parte disso. Há algum momento marcante dos Jogos de Atenas que acabou mudando sua vida?
Foi um dia em que eu estava assistindo ao Jornal Nacional e passou uma chamada de que o Clodoaldo tinha conseguido mais uma medalha para o Brasil nas Paralimpíadas. A partir daquele momento, eu pensei: “Poxa, eu posso praticar um esporte”. Sempre gostei muito. Em 2005, já comecei a nadar e hoje estou aqui, com seis medalhas.


Você não fazia nada? Sua relação com o esporte era somente de torcedor?
Profissionalismo nenhum. Era só da escola. Na educação física ou depois da aula, quando ficava jogando futebol. Tudo que tinha para fazer, eu fazia. Vivia jogando futebol, basquete, vôlei... Ficava no meio dos amigos. Até que conheci o esporte paralímpico e comecei a treinar natação.

É nítido para quem te acompanha no dia a dia que você é um cara muito despojado, independente. Sempre foi assim ou mudou depois do esporte?
Sempre, sempre. Sempre fui uma pessoa muito feliz, ativa. Era de quebrar muitas próteses. Chegava em casa e até apanhava às vezes (risos). Minha mãe falava: “Você quebrou a prótese de novo?”. Mas eu não aguentava. Ela dizia: “Hoje você não vai jogar porque sua prótese não aguenta”. Eu sentava, ficava vendo meus amigos e não conseguia ficar ali parado. Não tinha essa. Acabava tendo que ir para São Paulo arrumar a prótese. Era sempre assim. Eu morava em Camanducaia, Minas. Posso dizer que fui uma criança como qualquer outra, independentemente da deficiência. Meus pais sempre me trataram como qualquer outra criança. Sou grato a eles por hoje ter essa independência, por ser assim.


Nunca teve nenhum tipo de trauma ou preocupação por conta da deficiência? A cabeça sempre foi boa, tranquila?
Sempre tive em mente que se Deus me fez assim foi por algum propósito. Sempre aceitei e fui feliz assim. É questão de escolha. E eu escolhi ser feliz. O resto nós buscamos com determinação e fé.

São duas Paralimpíadas, 15 medalhas, 10 ouros... Qual é seu próximo sonho? O Alex Zanardi depois de ganhar o ouro disse que precisava de uma coisa nova, um outro desafio, porque a missão estava cumprida. E você?
No momento, meu desafio é descansar (risos). Vai ser difícil. Mas no esporte sempre temos o que melhorar. No caso da natação, é uma briga contra o relógio constante. Quero melhorar meus estilos, acrescentar ainda mais ao esporte paralímpico brasileiro. Podemos chegar mais longe ainda. E quero fazer história. Mostrar o valor do ser humano para as pessoas, seja deficiente ou não. Somos capazes de realizar nossos sonhos, sem colocar limites para realização e capacitação.


Você tem a consciência de que, assim como o Clodoaldo te inspirou, muitas crianças te vêem pela televisão e também vão começar a praticar esportes, buscar uma nova realidade?
É como foi dito em Londres: “Inspirando gerações” (a frase foi o lema da competição no Reino Unido). Sei da minha responsabilidade e espero um dia, quem sabe, estar dando uma entrevista ao lado de uma pessoa que me assistiu e estará me superando. Seria fantástico. Torço para que isso aconteça. Para que consigamos melhorar ainda mais o esporte em geral no Brasil.

Aos 24 anos, você já disse que deve ter no mínimo mais dois Jogos Paralímpicos pela frente. A maior vencedora da história tem 46 medalhas e 32 ouros. Dá para buscar essa marca?
Caramba (risos)! Aí é muita coisa. É bem difícil. Quanto mais velho vamos ficando, temos que passar a priorizar uma prova ou outra. Até o Rio dá para nadar tudo isso novamente, depois não. Mas é algo que não penso agora. De repente, no futuro posso querer superar, mas no momento só quero ajudar o crescimento do esporte paralímpico brasileiro.


Por falar em Rio, Londres ainda nem acabou, mas já bate a ansiedade para competir em casa?
Sem dúvidas. Na última prova (revezamento 4 x 100m medley) quando a Grã-Bretanha foi anunciada o Centro Aquático veio a baixo. Fiquei imaginando como vai ser no Rio. O local lotado, todo mundo torcendo. Vai ser incrível para o esporte em geral no Brasil com Copa, Paralimpíadas, Olimpíadas.... Temos que aproveitar e curtir esse momento para entrar para história do mundo.

Depois de um ciclo com tantas vitórias, o que você planeja agora para as férias? Algo em especial que você quer fazer, comer, curtir?
Vou comer muito hambúrguer, tomar refrigerante... São coisas que tem na Vila e eu fiquei longe! Vou aproveitar agora. Também vou me casar em novembro, curtir um pouco a família, o casamento e treinar só ano que vem (Daniel dá uma gargalhada e olha para o treinador Marcos Rojo).

Para encarrar, nós sabemos que você é corintiano fanático. Uma viagem para o Japão para torcer no Mundial faz parte dos planos?
Vai, Corinthians (risos)! É difícil. Esse ano tem sido único. Como torcedor, ver o título da Libertadores foi fantástico. Posso dizer que foi o ano do Timão. Eu com seis medalhas, o Corinthians campeão... Espero que possamos ganhar o Mundial para fechar 2012 com chave de ouro.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Em Brasília, Alan Fonteles é homenageado pela presidente

O paraense foi o único atleta mencionado nominalmente por Dilma Rousseff, que enalteceu a vitória sobre Oscar Pistorius

O paraense Alan Fonteles, ouro nos 200 metros nas Paralimpíadas de Londres, desembarca em Belém neste sábado (15.09.12), às 13h30, contudo, o reconhecimento pelo resultado obtido no maior evento esportivo do mundo começou nesta quinta-feira, dia 13, quando o atleta, na companhia de outros competidores brasileiros, foram recebidos no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), pelo ministro dos esportes, Aldo Rebelo, e pela presidente da república, Dilma Rousseff que, em seu discurso, mencionou, nominalmente, apenas o paraense.


– Quero fazer uma homenagem especial à vitória do Alan Fonteles. Ele provou, não só, que é fundamental respeitar a igualdade e oportunidade no início da competição e da vida, mas sobretudo, mesmo em alguns momentos em que parece que os vencedores tradicionais ganharam, é possível derrotá-los. E derrotar no bom sentido, respeitando o grande atleta que é o Pistorius. E, o tamanho da sua conquista, também se deve ao tamanho do Pistorius. Parabéns, Alan – disse a presidente do Brasil.


Que realmente estas homenagens não parem e que o incentivo financeiro e moral que está sendo prometido para este novo Ciclo Paraolímpico, realmente seja efetivo e que os nossos super atletas possam melhorar suas performances e que apareçam novos atletas e elevar ainda mais o nível do paradesporto brasileiro!!!

Com a presença de atletas, governo federal lança Plano Brasil Medalhas

Presidente Dilma Rousseff e ministro Aldo Rebelo anunciam investimento
de R$ 1 bilhão para desenvolver o esporte no país para os Jogos de 2016

 

 

A presidente Dilma Rousseff e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciaram, nesta quinta-feira, em Brasília, o Plano Brasil Medalhas 2016, que tem como objetivo desenvolver o esporte olímpico e paralímpico no país, buscando um melhor desempenho dos atletas brasileiros nos Jogos do Rio de Janeiro. A previsão é de que R$ 1 bilhão sejam investidos por meio do plano no próximo ciclo olímpico. Recursos que serão somados a outros R$ 1,5 bilhão que já eram previstos pelo governo em investimentos para o esporte no período, totalizando R$ 2,5 bilhões nos próximos quatro anos.


- Como sede dos Jogos (Olimpíadas de 2016), é muito justo que as nossas ambições sejam ainda maiores em termos de vitórias e de medalhas. Mas querer, esperar e ambicionar, ainda que sejam sentimentos e posturas absolutamente essenciais, não garantem por si só as conquistas. Nós temos que acrescentar o verbo fazer. E para isso, é óbvio que o esforço individual, a superação, a capacidade de vocês (atletas) tem que receber também o suporte e o apoio do governo, do Estado e da sociedade brasileira - disse a presidente Dilma em discurso dirigido aos mais de 50 atletas olímpicos e paralímpicos presentes no Palácio do Planalto.
- É muito importante esse investimento e dá tranquilidade para desenvolver o trabalho. Nas Olimpíadas do Rio, o Brasil tem todas as chances de conquistar mais medalhas. Eu mesmo adoro competir dentro de casa porque o apoio da torcida é bem grande - celebrou a judoca Mayra Aguiar, medalha de bronze até 78 kg em Londres 2012.
Mesmo sentimento do maior atleta paralímpico da história do país, o nadador Daniel Dias, que foi homenageado na cerimônia e disse acreditar que o Brasil tem todas as condições de alcançar um excelente desempenho em 2016.
- É o momento de agradecer todo apoio e por acreditar no atleta paralímpico. Tudo que o atleta precisa é de incentivo. E nós estamos vendo por esse programa, que o governo está disposto a incentivar. Tivemos uma ótima participação nas Paralimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012 e confio em resultados melhores no futuro.


Novas metas
Juntamente com o anúncio dos investimentos, o governo divulgou metas ambiciosas de conquistas para os Jogos Olímpicos do Rio.
- Projetamos o Brasil entre os 10 primeiros colocados nos Jogos Olímpicos e entre os cinco primeiros colocados nos Jogos Paralímpicos - afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que não quis determinar se a meta é para o quadro de conquistas totais de medalhas ou de conquistas de ouro.
- Eu sempre vejo as duas tabelas - esquivou-se Aldo.
Nas Olimpíadas de Londres, o Brasil alcançou o seu maior número de medalhas em uma única edição dos Jogos, com 17 conquistas (3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze). Resultado que colocou o país na 14ª colocação na classificação do total de medalhas. No entanto, se levado em conta o quadro mais comum, com peso maior para as medalhas de ouro, o Brasil cai para a 22ª posição.
- Eu acho que cobrança é natural. A meta do governo é a mesma que o COB colocou, de ficar entre os 10 primeiros no total de medalhas - disse o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.
Já nas Paralimpíadas, o Brasil conquistou 43 medalhas em Londres (21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze). No quadro do total de medalhas, o país ficou na 9ª colocação, mas na classificação pelas medalhas de ouro, foi o 7º.


O plano
Depois de reuniões com federações e confederações, o governo federal selecionou para participar do plano Brasil Medalhas 21 modalidades olímpicas e 15 paralímpicas em que o Brasil tem mais chances de conquistas nos Jogos de 2016. Os investimentos nessas modalidades serão divididos em duas vertentes: R$ 690 milhões destinados a projetos de apoio aos atletas e R$ 310 milhões para a construção de centros de treinamentos. Cerca de 70% dos recursos virão do Orçamento Geral da União (OGU) e o restante será arrecadado por meio de investimentos de empresas públicas.
Entre as inciativas voltadas para os atletas está o programa pódio,que inclui duas novas categorias de bolsas a atletas de alto rendimento: o Bolsa-Pódio, com benefícios de até R$ 15 mil mensais; e o Bolsa-Técnico, com benefícios de até R$ 10 mil mensais.


Poderão participar do programa atletas de modalidades individuais que, entre outros critérios, estejam entre os 20 melhores no ranking mundial. O programa também prevê bolsas de até R$ 20 mil para compra de equipamentos, até R$ 5 mil para contratação de especialistas (como nutricionistas e psicólogos), além do apoio para treinamentos e competições no extreior.
- Temos casos de atletas que não seguram na classificação porque muitas vezes não tem uma passagem para competir. Eu acho que isso nós precisamos resolver - disse o ministro Aldo.
Além dos investimentos nos atletas, o plano Brasil Medalhas também pretende reformar e construir 21 centros treinamentos para esportes olímpicos espalhados por todo o país e um centro integrado para esportes paralímpicos, que deverá ficar no estado de São Paulo.
- Esse centro paralímpico vai ser de alto rendimento e naquilo que o atleta paralímpico tem de especificidade. Mas em vários esportes, como no remo, o olímpico e o paralímpico poderão dividir o mesmo centro de treinamentos, até porque são administrados pela mesma confederação. Por isso optamos por concentrar em apenas um centro específico para os paralímpicos - explicou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parson.