sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Os benefícios do esporte para deficientes físicos - Exercícios ajudam a testar os limites e potenciais

Especialistas em saúde reforçam a necessidade de incentivar a prática de atividade física por pessoas portadoras de deficiência. Praticar esporte é uma forma de esses indivíduos redescobrirem a vida de uma forma ampla e global. Previne as enfermidades secundárias à deficiência e ainda promove a integração social, levando o indivíduo a descobrir que é possível, apesar das limitações físicas, possuir uma vida normal e saudável.
Abraçar uma atividade física pode transformar o dia-a-dia de um atleta especial e ainda fazer bem para a saúde do corpo e da mente.
Movimentar-se é a palavra de ordem. Não importa se o atleta tem como objetivo jogar profissionalmente ou de forma amadora. O importante é procurar uma modalidade esportiva que se adeque as condições e limites.

Benefícios físicos e psíquicos
Praticar atividade física tanto por competitividade quanto por diversão pode trazer ao indivíduo benefícios físicos e psicológicos.

Físicos: Agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora, resistência física, melhora das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor), velocidade, ritmo, possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição, prevenção de deficiências secundárias, promoção e encorajamento do movimento, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária, entre outros.

Psíquicos: Melhora da auto-estima, aumenta a integração social, redução da agressividade, estímulo à independência e autonomia, experiência com as possibilidades, potencialidades e limitações, vivência de situações de sucesso e de frustração, motivação para atividades futuras, desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas, entre outros.

É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. Precisa haver acompanhamento profissional e muita atenção na hora de executar um movimento. É necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.


Escrito por: André Pedrinelli (Ortopedia)
Reeditado por: Fabio Cezar (Educador Físico)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Caracterização dos profissionais de Educação Física em relação à Inclusão de alunos com Necessidades Especiais na Rede Municipal da Educação de Marília/SP - Parte 2

Embasado no que foi estudado, pesquisado, dialogado e analisado sobre o tema da Inclusão, viemos a concluir que devemos considerar a perspectiva de aproximação da Educação Física Adaptada e da Educação Física Escolar, sob a luz da educação inclusiva, que as mesmas podem ser entendidas como um passo significativo na direção de uma escola para todos. Este novo momento de integração e inclusão requer participação e interação efetiva dos alunos nas aulas, transcendendo o campo do fazer na direção das inter-relações pessoais e dos possíveis conhecimentos adquiridos por meio desse fazer. Embora vários fatores possam influenciar nessa participação discente, observamos que a ação, a intervenção e a interação do professor merecem atenção significativa no que se refere à participação ou distanciamento dos alunos na Educação Física. É neste momento e dentro das limitações de suas atribuições que a ação do professor de Educação Física pode contribuir para a construção de um novo olhar em relação às pessoas com deficiência. Não adianta belas propostas, planos de ensino e ementas “politicamente corretas” se esses docentes ainda não tiverem interiorizado essa forma respeitosa que os Direitos Humanos, a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases, entre outros elementos legais preconizam em relação aos também, cidadãos com deficiência.
A formação não termina na graduação, ela é permanente, por meio da busca de cada um, no sentido de entender o outro dentro de suas particularidades e necessidades no processo educacional e da convivência social. Ao assumir e promover essa participação/interação acredita-se que a Educação Física na escola, em sua interface com os alunos com necessidades especiais incluídos, possa reconhecer e aproximar-se das necessidades educativas dos mesmos, compreendendo limitações, buscando possibilidades e valorizando potencialidades, na perspectiva de, no mínimo, incorporar as diferenças. Assim, entendemos que o professor assume papel fundamental nesse processo, no sentido de tornar-se o mediador, o facilitador ativo do processo, cabendo-lhe promover as adaptações, os estímulos, e as orientações necessárias para o desenvolvimento dos alunos e a sua interação com o meio, e que, infelizmente não é a realidade que encontramos nos docentes de nosso município, cuja maioria não se sente preparado técnica e pedagogicamente para trabalhar com esses alunos, bem como amparados com recursos materiais e suportes técnicos do próprio município para efetivamente realizar a inclusão dos mesmos.
Devemos ter um modelo de formação mais reflexivo nos cursos de graduação, uma maior aproximação da relação teoria-prática, em conjunto com uma disseminação mais abrangente dos conhecimentos cientificamente produzidos, que podem representar uma perspectiva de melhora para os profissionais de Educação Física no momento da atuação propriamente dita com esses alunos incluídos. Devemos reconhecer e assumir que o professor é um elemento importante, muitas vezes decisivo, na construção e na efetivação de um processo inclusivo. Os desafios para superar e conviver com as diferenças são muitos e, por mais adversas que se apresentem as condições de trabalho docente, torna-se importante refletir sobre nossas ações com a maturidade e o distanciamento necessário para enxergarmos não somente os equívocos, mas também os caminhos possíveis a serem percorridos.
Infelizmente através dos estudos e entrevistas constatamos a nossa hipótese inicial, na qual encontramos docentes parcialmente preparados em várias vertentes, desde a questão de não conseguir realizar efetivamente a inclusão, até mesmo o conhecimento parcial sobre o assunto e como agir pedagogicamente frente a uma situação de alunos com necessidades especiais. Queríamos com essa pesquisa e revisão bibliográfica, levantar que a inclusão de alunos com necessidades especiais passa obrigatoriamente pelas mãos do professor, e que o docente em Educação Física deve possuir o conhecimento e a identificação diagnóstica de cada aluno, de cada deficiência para organizar seu programa e planejamento de atividades físicas possibilitando o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social, ou seja, um desenvolvimento global harmônico, dos alunos deficientes. E para isso, o mesmo deve ter uma base sólida em sua graduação na questão da Educação Física Adaptada, para que efetivamente consiga realizar essa inclusão trabalhando a motivação e potencialidades desses alunos, bem como necessita de um auxílio do município em relação a recursos pedagógicos, materiais e formação continuada para que a cada dia, possa realizar efetivamente um processo de inclusão dentro da escola e consiga refletir essas ações para toda sociedade.

Caracterização dos profissionais de Educação Física em relação à Inclusão de alunos com Necessidades Especiais na Rede Municipal da Educação de Marília/SP - Parte 1

O presente estudo teve como objetivo identificar e caracterizar o Professor de Educação Física da Rede Municipal da Educação envolvido com a inclusão de alunos com necessidades especiais quanto a sua formação, preparação, estratégia de ensino e recursos pedagógicos. A metodologia utilizada é de caráter qualitativo, cujos dados foram coletados por meio de questionário e entrevistas com os referidos professores de maneira qualitativa e exploratória. Através da análise de dados constatamos a nossa hipótese inicial, na qual encontramos docentes parcialmente preparados em várias vertentes, desde a questão de não conseguir realizar efetivamente a inclusão, até mesmo o conhecimento parcial sobre o assunto e como agir pedagogicamente frente a uma situação de alunos com necessidades especiais. O docente de Educação Física deve possuir o conhecimento e a identificação diagnóstica de cada aluno com necessidade especial para organizar seu programa e planejamento de atividades físicas possibilitando o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social, ou seja, um desenvolvimento global harmônico. Acreditamos que é primordial uma base sólida em sua graduação na questão da Educação Física Adaptada, para que efetivamente consiga realizar essa inclusão trabalhando a motivação e potencialidades desses alunos, bem como necessita de um auxílio do município em relação a recursos pedagógicos, materiais e formação continuada para que a cada dia, possa realizar efetivamente um processo de inclusão dentro da escola e consiga refletir essas ações para toda sociedade.