quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Oscar Pistorius, sinônimo de exemplo e superação


O sul-africano Oscar Pistorius é o primeiro atleta olímpico e paraolímpico da história do esporte mundial a competir de maneira simultânea em igualdade com atletas não deficientes em nível mundial. É conhecido como "Blade Runner" (corredor lâmina) por não ter as duas pernas e usar próteses finas feitas de fibra de carbono.
A sua participação nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 foi rejeitada pelo Comitê Olímpico Internacional por se considerar que as suas próteses lhe conferiam vantagem sobre os demais atletas (não ter as 2 pernas é uma vantagem?). O atleta recorreu da decisão, e em Maio de 2008 o Tribunal de Arbitragem Desportiva (TAD) autorizou-o a competir nos Jogos Olímpicos de Pequim. Para correr na prova de 400 metros o mesmo obteve a marca mínima que lhe exigia a Associação Internacional de Federações de Atletismo, além de ter sido selecionado para a prova de 4x400m estafetas independentemente do seu tempo.
Em 01 de Setembro de 2011, Oscar Pistorius, competiu em igualdade com atletas não deficientes, em prova oficial válida pelo campeonato mundial de atletismo em Daegu, alcançando brilhantemente as fases semi-finais das provas de 400m rasos e no revezamento 4x100m, e infelizmente ficou fora das finais (mero detalhe para um feito histórico).
Porém este fato tem alimentado polêmicas na imprensa e no mundo do atletismo, pois argumentam se as competições poderiam aceitar um atleta como Pistorius que corre com duas próteses de carbono, que seria comparativo à um “tecno-dopping”.
Deixando as polêmicas de lado, só o fato do mesmo ter enfrentado a situação de não ter as duas pernas, a luta travada para chegar ao topo dos atletas mais importantes do mundo e tudo que cerca a difícil vida de um deficiente físico já é uma grande vitória e um feito a ser comemorado por todos aqueles que lutam pela causa dos deficientes físicos e todos os outros tipos de deficiência, bem como a Inclusão Social.


*Finalizando ...
Como já salientado anteriormente, este super atleta é um exemplo de dedicação, superação e vida, porém creio que o mesmo deveria levantar ainda mais a bandeira dos atletas paraolímpicos; enfrentar de igual para igual atletas “normais” é simplesmente fantástico, porém mais fantástico ainda, seria ver vários Pistorius correndo por todo mundo, ou seja, incentivar ainda mais os deficientes físicos e todos os outros deficientes a praticarem atividades físicas, mesmo que seja na forma de tratamento/recuperação/reabilitação da mesma ou até mesmo com o intuito de alta performance ... Parabéns à todos os atletas paraolímpicos que mesmo com todas as adversidades possuem ânimo e motivação para treinarem e se superarem a cada dia, sempre com um belo sorriso no rosto.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Com apenas um braço, Kevin Laue faz história no basquete universitário dos Estados Unidos

No dia 13 de abril de 1990, a mãe de Kevin, Jodi, teve complicações no parto e viu o cordão umbilical de seu filho dar voltas no pescoço. Como o braço estava entre cordão e pescoço, ele teve muitas dificuldades para respirar, gerando uma série de complicações graves. Conseguiu sobreviver, mas seu braço esquerdo vai até a altura do cotovelo. Ainda criança, Kevin rechaçou colocar uma prótese ou praticar futebol americano, o esporte preferido de seus pais. Queria jogar basquete.
E assim o fez. Jogou pela Amador Valley High School, escola de segundo grau perto de sua casa, na Califórnia. Com 2,10m, teve as dignas médias de 14 pontos, oito tocos e oito rebotes por partida em seu ano de estréia, e sua luta em quadra levou a revista Sports Illustrated a chamá-lo de o “jogador mais empolgante do basquete”. No ano seguinte, porém, uma lesão na perna o afastou por toda a temporada e quase levou Kevin a desistir do esporte. Mas ele decidiu continuar lutando pelo seu sonho de jogar na divisão I do basquete universitário norte-americano.
Ingressou na Fork Union Military Academy, reduto de atletas que não conseguiram entrar em universidades, e ficou esperando um convite. Que veio graças a dez pontos, seis tocos e 12 rebotes de média por partida. Logo, logo propostas da Divisão III chegaram a Kevin, mas ele preferiu esperar por algo melhor.
E a chance veio no Manthattan College, universidade que Kevin conseguiu bolsa de estudos e frequenta há cerca de três anos. Em seus dois primeiros anos, o pivô não teve muitas chances, mas registra ótimo índice nos arremessos (cerca de 60% de acerto). De todo modo, vamos combinar que isso é o que menos importa. O rapaz é um vencedor, um lutador e um exemplo,  merecedor de as  todas as homenagens e exemplo perfeito de inclusão!