quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

IPC anuncia criação de 6 Grand Prix de Atletismo - Brasil sediará uma etapa em abril



O IPC Athletics, órgão regulador global do atletismo paralímpico, anunciou um planejamento estratégico para os próximos anos com uma série de eventos esportivos de alto nível técnico. O objetivo é conceder aos atletas oportunidades de competirem contra os melhores, além de desenvolver um quadro de excelência em gestão de competições. Pela primeira vez, ocorrerá um circuito mundial de provas. Serão seis etapas – uma delas em São Paulo, em abril – que servirão de preparação para o Mundial Paralímpico de Atletismo, em Lyon (França), em julho.
O Grand Prix começa em Dubai, Emirados Árabes Unidos, no dia 25 de março – serão três dias de competição. O calendário segue para Pequim (China), São Paulo (Brasil), Grosetto (Itália), Arizona (EUA) e termina em Berlim (Alemanha), em 16 de junho, um mês antes do Mundial, que deve reunir 1.300 atletas de 90 países. A terceira etapa ocorrerá em São Paulo, com o Loterias Caixa Brazilian Athletics Open Championships Grand Prix, entre os dias 25 e 27 de abril, no Ibirapuera.


 “É de grande importância para o Brasil fazer parte dos eventos esportivos do IPC. Passamos de fato a ser referência no Atletismo, já que foram escolhidos para integrar o circuito apenas os principais países na modalidade. A realização do Grand Prix em casa, nos dá garantias de que nossos atletas terão o melhor para se prepararem visando Rio 2016”, afirmou o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Edilson Tubiba.


O objetivo do Grand Prix é fornecer competição de alto nível internacional, apoiando a organização de Comitês locais fornecendo pilares de excelência para apoiar o desenvolvimento da modalidade em áreas como a classificação, educação, pesquisa e anti-doping.
“Este anúncio é um legado direto de Londres 2012, onde o perfil do esporte foi elevado a níveis astronômicos. Mais de 1,1 milhões de ingressos foram vendidos para o Estádio Olímpico, além da transmissão de muitas emissoras globais para provas de pista e de campo. Seguindo este legado, o IPC Athletics está interessado em criar oportunidades de competição de alto rendimento ao longo dos próximos anos”, disse Ed Warner, presidente do Comitê Técnico do IPC Athletics.


“Neste ano teremos a primeira Maratona Paralímpica do IPC, que ocorrerá em abril, para coincidir com a tradicional London Marathon. Logo em seguida, em julho, ocorrerá o Mundial de atletismo, na Franca”.
“Os Grand Prix são projetados como uma tentativa para melhorar os padrões técnicos e competitivos. Se forem bem sucedidos, tentaremos expandir o número destes eventos em 2014.”


Campeonatos Mundiais e Regionais

Em julho deste ano, Lyon, França, sediará o Mundial, que contará com mais de 1.300 atletas de 90 países. Doha, Qatar, vai sediar o Mundial de 2015. O estádio Olímpico de Londres receberá o Mundial, em julho de 2017, um mês antes de o mesmo local receber o Tradicional IAAF World Athletics Championships.
O IPC Athletics também confirmou nesta segunda que duas cidades já apresentaram propostas para sediar o Campeonato Europeu de 2014, após o sucesso do evento em junho passado, na Holanda, que atraiu 500 atletas de 40 países.


“O sucesso de Londres 2012 nos permitiu confirmar todos os nossos Campeonatos Mundiais até 2017. Em 2014, teremos os Jogos Asiáticos, na Coreia, além de um Campeonato Europeu. Em 2015 ocorrerá o Mundial de Doha; os Jogos Parapan-americanos no Canadá, e os Jogos Africanos no Congo”, acrescentou Ed Warner.
“Até os Jogos do Rio 2016 os atletas contarão com grandes eventos internacionais e regionais. Este crescimento é importante para o esporte e esperamos fazer novos anúncios durante o ano.”


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fora da Paraolimpíada, surdos pegam carona no evento para ganharem ajuda do governo



Os atletas brasileiros surdos tentam sensibilizar o governo federal a ajudá-los com verba para o desenvolvimento de seus esportistas e para a participação em futuros eventos internacionais.
Os surdos não participam dos Jogos Paraolímpicos e tentam aproveitar a boa performance brasileira na edição de Londres para também terem ajuda federal, como acontece com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro). As duas organizações recebem auxílio por meio da Lei Piva.


Os atletas com deficiência auditiva não participam das Paraolimpíadas por já terem uma competição mundial destinada a eles, as Surdolimpíadas, que foram realizadas pela última vez em 2009. A próxima edição será no ano que vem, em Sófia, na Bulgária.
Toríbio Malagodi, diretor administrativo da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos e também atleta do vôlei de praia, já tem um projeto de lei para enviar ao governo pedindo auxílio.


“Eles [COB e CPB] recebem verba através da Lei Piva e nós não recebemos nada. Nos mantemos através dos recursos de filiação, que não são suficientes. Por exemplo, às vezes a diretoria paga do próprio bolso para alguma viagem”, falou Malagodi.
“Nosso objetivo é obter maior reconhecimento perante o governo e os politicos de modo para aprovar a lei em que iguala a CBDS com a COB e CPB, para que possamos obter recursos governamentais através da Lei Piva que repassam milhões de reais para a COB e CPB e nenhum para CBDS. Nos sobrevivemos com as inscrições e anuidades dos nossos próprios surdo-atletas”, afirmou.
O atleta e dirigente diz que a inclusão dos surdos nos Jogos Paraolímpicos não é tão fundamental quanto o apoio que precisam. E se disse orgulhoso ao assistir às Paraolimpíadas.
“Assistir aos nossos atletas fazerem bonitos nos Jogos Paraolímpicos me enche de orgulho. Não me imagino [na Paraolimpíada], pois vou representar o Brasil no ano que vem nas Olimpíadas para surdos. Só desejo é que tenhamos o mesmo reconhecimento e apoio do governo que os atletas paraolímpicos possuem.”


Que essa modalidade e esses novos atletas que estão surgindo, possam também integrar esse seleto grupo de pessoas e que possam ter o seu esporte e modalidade reconhecida!!!