sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tarde Dourada na Natação e Orgulho no Tatame

André Brasil ganha segunda medalha de ouro do país e bate recorde mundial nos 50 m livre S10



O Brasil conquistou a segunda medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Londres, nesta sexta-feira. Pela segunda vez na natação, mas desta vez com André Brasil. O brasileiro não só foi o primeiro colocado na prova dos 50 m livre S10 e ficou com o ouro como bateu o recorde mundial da prova, com o tempo de 23s16. Na última quinta-feira, Daniel Dias conquistou o ouro na prova dos 50 m livre S5. Com a conquista, André Brasil ganhou sua segunda medalha nos Jogos. Ele conquistou a prata na última quinta-feira nos 200 m medley S10. O país também foi representado na prova dos 50 m livre S5 desta sexta por Phelipe Rodrigues, que ficou com a quarta colocação.
Brasil, que já chegou a competir com atletas sem deficiência, conquistou quatro nos Jogos de Pequim em 2008.
A natação brasileira também marcou presença em outras finais nesta sexta-feira. Na prova dos 50 m borboleta S7, Veronica Almeida ficou com a sétima colocação

Judô brasileiro mantém boa campanha e conquista mais duas medalhas na Paraolimpíada

 


O judô feminino brasileiro conquistou na tarde desta sexta-feira (31.08.12) mais duas medalhas nos Jogos Paraolímpicos de Londres. Primeiro, a judoca Daniele Bernardes ficou com o bronze na categoria até 63 kg. Depois, Lucia Teixeira conquistou a prata na categoria até 57 kg. No total, já são três medalhas no esporte na competição - Michele Ferreira ficou com o bronze na quinta-feira. 
Lucia, que é deficiente visual, disputou a final da categoria até 57 kg contra Afag Sultanova, do Azerbaijão, mas acabou derrotada em menos de um minuto ao levar um ippon.
Já Daniele teve melhor sorte na luta contra a venezuelana Naomi Soazo. A brasileira estava em desvantagem na luta, mas conquistou o bronze na categoria até 63 kg ao aplicar um ippon na adversária.
Assim, Daniele, de 28 anos, repete os resultados obtidos em Atenas-2004 e em Pequim-2008, quando também subiu ao pódio para receber o bronze.
A judoca começou muito bem sua trajetória em Londres ao derrotar a finlandesa Paivi Tolppanen, mas não passou pela chinesa Tong Zhou nas semifinais e  teve que se contentar com a disputa pelo bronze.
Na quinta-feira (30.08.12), a judoca Michele Ferreira venceu a francesa Sandrine Martinet por W.O. e ficou com a medalha de bronze na categoria até 52 kg.

Parabens ao nosso atleta que leva até o nome de nosso país no próprio nome, André Brasil e as meninas do judô que brilharam nos tatames de Londres!!!

Pra cima deles Brasil Paralímpico!!!

Daniel Dias conquista ouro nos 50 m livre S5, André Brasil fica com a prata nos 200 m medley S10


O brasileiro Daniel Dias conquistou nesta quinta-feira (30.08.12) a medalha de ouro na prova dos 50 m livre S5, primeiro título do Brasil na Paraolimpíada de Londres. Nadando abaixo do recorde mundial, Dias terminou a prova em 32s05. Na mesma distância, o também brasileiro Clodoaldo Silva ficou com a quinta colocação, mesmo resultado dos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Já André Brasil fez o segundo melhor tempo na final dos 200m medley SM10, 2min12s36, ficando atrás apenas do canadense Benoit Huot (2min10s01), que bateu o recorde mundial da prova.


Feliz com a conquista, Daniel Dias mostrou foco após a prova e disse que só vai comemorar a medalha no fim dos Jogos. “Estou muito feliz, foi um começo fantástico e espero continuar me saindo bem nos outros dias. É um momento que eu vou poder comemorar só depois dos Jogos”, afirmou o nadador ao Sportv, lembrando que ainda tem outras sete disputas em Londres (cinco individuais e dois revezamentos).
Apesar de ficar fora do pódio, Clodoaldo Silva comemorou a evolução dos Jogos e disse ver o resultado melhor do que o esperado como motivação para as outras provas em Londres.

“Eu fico muito feliz de poder participar de outra Paraolimpíada muito mais feliz por ver essa evolução do esporte que começou em Atenas-2004. Antes de Atenas, as pessoas não sabiam o que era ser um atleta paraolímpico. Depois daquilo, é que começaram a se espelhar e hoje temos vários ídolos paraolímpicos. Espero que esse resultado me motive nas próximas provas que vou disputar”, comentou.
Daniel Dias ainda compete em mais sete provas na Paraolimpíada de Londres: 100 m livre S5, 200 m livre S5, 50 m borboleta S5, 100 m costas SB4, 50 m costas S5 e revezamentos 4x100 livre e 4x100 medley, na categoria de 34 pontos.
Com as conquistas, o Brasil fica com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze no quadro de medalhas dos Jogos Paraolímpicos de Londres. Além dos pódios na natação, o país também faturou medalha no judô, com Michelle Ferreira, que ficou com o bronze na categoria até 52 kg.

André Brasil fica com a prata


André Brasil conquistou medalha de prata nos 200 m medley S10 para o Brasil nesta quinta-feira, a segunda do país na Paraolimpíada. Vítima de paralisia infantil aos 3 meses de idade, o brasileiro foi o primeiro colocado da competição nos primeiros 100 m da prova, mas acabou superado por Huot e ficou com o segundo lugar. Brasil, que já chegou a competir com atletas sem deficiência, começou a nadar como terapia para melhorar a deficiência na perna esquerda. Nos Jogos de Pequim, ele conquistou quatro medalhas de ouro e é uma das principais esperanças de conquistas do Brasil em Londres.


Parabens aos nossos super atletas que nos enchem de orgulho!!! Que a cada dia que passe e com essa injeção de paraolimpíada na mídia, possamos mais e mais reconhecer esses exemplos de vida e heroísmo!!!

Readaptado: Fabio Cezar

Judô repete feito olímpico e fatura 1ª medalha do Brasil na Paraolimpíada de Londres


O judô brasileiro paraolímpico repetiu o feito dos Jogos Olímpicos e foi o responsável pela primeira medalha na Paraolimpíada de Londres. A judoca Michele Ferreira venceu a francesa Sandrine Martinet por W.O. nesta quinta-feira (30.08.12) e ficou com a medalha de bronze na categoria até 52 kg.
Nos Jogos Olímpicos, o judoca Felipe Kitadai inaugurou o quadro de medalhas do Brasil ao conquistar o bronze na categoria até 60 kg. Também no primeiro dia de disputas, Sarah Menezes conquistou a medalha de ouro na categoria até 48 kg.
Para ficar com a medalha de bronze, Michele nem precisou subir no tatame, já que a francesa sentiu uma lesão na luta da semifinal e preferiu não lutar na disputa por medalhas. A judoca brasileira repete o feito obtido em Pequim, em 2008, quando também conquistou a medalha de bronze.


Na campanha até a medalha, Michele foi derrotada na estreia pela russa Alesia Stepaniuk, mas conseguiu a vitória sobre a turca Gulhan Kilic na repescagem e se credenciou para lutar pelo bronze.
“Só fiquei sabendo que ela havia se machucado um pouco antes de entrar para lutar. É até engraçado o que eu estou sentindo. Primeiro eu lutei e perdi, agora eu não lutei e ganhei. Mas estou muito feliz, é uma sensação muito boa”, celebrou Michele.
O Brasil ainda teve a chance de conquistar outra medalha de bronze no tatame de Londres, mas Karla Ferreira, duas vezes medalhista de prata em Paraolimpíadas, foi derrotada pela russa Victoria Potapova por um yuko no combate que valia medalha na categoria até 48 kg.


Parabens para Michele Ferreira nossa 1ª medalhista olímpica, que essa seja a primeira de muuuuitas!!!


Readaptado: Fabio Cezar



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Daniel Dias compete em oito provas com expectativa de virar "Phelps paraolímpico"


Michael Phelps se aposentou das piscinas após os Jogos de Londres com quatro ouros e duas pratas, chegando ao total de 22 medalhas e consolidando o status de maior atleta olímpico da história. Nesta quarta-feira (29.08.12) a Paraolimpíada começa com o brasileiro Daniel Dias nadando atrás de reputação similar desta do ídolo norte-americano, uma espécie de "rei das piscinas" das competições adaptadas.Dono de sete recordes mundiais, Daniel traz em seu retrospecto olímpico as nove medalhas conquistadas nos Jogos de Pequim em 2008, sendo quatro delas de ouros.Em 2009, após desempenho na China, o brasileiro foi eleito o melhor atleta paraolímpico do mundo no Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte internacional."Falo de brincadeira que sou mais bonito do que ele. Mas é uma grande honra ser comparado a um atleta como ele, ser lembrado como o Michael Phelps paraolímpico. Fico extremamente feliz com essa comparação. Espero um dia conquistar tudo o que ele conquistou", declarou Daniel.O ciclo de Daniel para Londres ainda inclui 11 medalhas de ouro no Parapan de Guadalajara-2011, além de oito de ouro e uma de prata no Mundial da Holanda - 2010.


O brasileiro é recordista mundial em cinco das seis provas individuais que irá disputar: 50m, 100m e 200m nado livre, 50m costas e 50m borboleta, todas na classe S5, para atletas com limitações físico-motoras.  
"Eu nado em seis provas individuais e em dois revezamentos. Espero estar medalhando nas seis individuais, só não posso garantir as cores. Quero dar o meu melhor ao cair piscina. No revezamento também, vou fazer o meu melhor para ajudar os companheiros", diz o nadador de Campinas, de 24 anos.
A primeira prova de Daniel Dias em Londres será os 50 m livre, que tem as baterias eliminatórias agendadas para a manhã desta quinta-feira (30.08.12).
Antes disso, no entanto, a estrela da delegação nacional terá a responsabilidade de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da noite desta quarta-feira (29.08.12) em Londres.
"É difícil de explicar, uma emoção muito grande. Talvez seja mais fácil falar depois que acontecer. A emoção é tão grande como conquistar uma medalha", afirma o atleta, orientado pelo técnico Marcos Rojo.


Inspiração nasceu com Clodoaldo Silva

Daniel Dias nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e descobriu o esporte aos dezesseis anos, ao assistir aos Jogos Paraolímpicos de 2004 em Atenas. Na época se entusiasmou com as provas de Clodoaldo Silva, hoje companheiro de equipe.
Com certeza estaremos muito para esse novo feito na vida de Daniel Dantas e que com essa divulgação e exposição na mídia, bem como o seu rendimento na piscina possa incentivar mais e mais garotos e garotas com qualquer tipo de deficiência ou não a praticar esportes, que trazem consigo inúmeros benefícios para a saúde e principalmente no aspecto social.


Com certeza estaremos muito para esse novo feito na vida de Daniel Dantas e que com essa divulgação e exposição na mídia, bem como o seu rendimento na piscina possa incentivar mais e mais garotos e garotas com qualquer tipo de deficiência ou não a praticar esportes, que trazem consigo inúmeros benefícios para a saúde e principalmente no aspecto social.

Pra cima deles Daniel Dias!!!



Readaptado: Fabio Cezar


Lutador sem parte do antebraço segue invicto no MMA e dá lição de autoestima

Nick Newell não tem a mão e parte do antebraço esquerdo, mas isso não o impede de entrar no ringue do MMA. Mesmo com a deficiência, ele permanece invicto, com oito vitórias em oito lutas.
A penúltima vítima de Newell foi Denis Hernandez, na 15ª edição do XFC (Xtreme Fighting Championships). Ainda no primeiro round, ele aplicou uma chave de calcanhar perfeita para derrotar o rival por finalização.
A estréia do americano no MMA foi em junho de 2009, mas sua carreira no mundo das lutas começou ainda na escola: foram 153 combates de luta greco-romana antes da mudança para o vale-tudo.
Notorius como é conhecido pela imprensa relata que todas as pessoas que dizem: “Oh, ele pode se machucar”. “Está certo, eu posso me machucar, mas isso pode acontecer com todo mundo que luta MMA. Eu sou um cara inteligente, com um diploma universitário (formado em comunicação). Não me colocaria em uma situação que eu soubesse que não poderia suportar” complementa Newell ao site “MMA Junkie”.

 

Ainda revela que “Meu objetivo é provar que as pessoas com deficiências podem fazer o que quiserem e vencer”, disse Newell, em entrevista ao site MMAFighting.com em 2009.
“Se você tem um objetivo, vá lá e faça. Dê o seu melhor para que você seja o melhor em tudo. Dê tudo o que você tem. Ganhar é muito importante para mim, mas, no fim do dia, mesmo se eu perder, eu sei que dei o melhor de mim e não tenho vergonha disso”, afirmou.
O atleta, de 25 anos, tem um sonho. “O objetivo de todo o lutador é chegar ao UFC. Eu acho que seria muito legal. Independentemente da minha deficiência, eu sempre quero vencer e ser o melhor”, completou.
Newell vem impressionando ao permanecer invicto no MMA mesmo com uma amputação congênita - o braço esquerdo parou de crescer a partir do antebraço.
Já em seu último combate, o americano atropelou Adam David Mays e o nocauteou em apenas 2m01s, com uma joelhada no clinche de Muay Thai digna de Anderson Silva. Foi a oitava vitória de Newell em oito lutas, e ele continua fazendo sua campanha por uma chance no UFC. Dana White poderia ter um olhar com mais critério para este fenômeno, abaixar a guarda e convidá-lo para ingressar no Ultimate, pois apesar de suas limitações físicas, impõe sobre seus adversários uma técnica impressionante, e vem superando a cada dia todos os seus oponentes de forma impressionante e consistente! Seria uma atração incalculável para o UFC, bem como uma amostra incrível sobre a inclusão e a força de vontade humana!!!


Campanha Aceita!!! Nick Newell já no UFC!!!

                      http://www.youtube.com/watchv=NCoOirT2QeU&feature=player_embedded
Readaptado: Fabio Cezar
                                              


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Oscar Pistorius refuta o posto de lenda: “Jamais falaria isso de mim”

Maior nome das Paralimpíadas, sul-africano celebra crescimento do esporte para deficientes e analisa participação olímpica: ‘Uma benção’

 

 

A história não deixa dúvidas: Oscar Pistorius é uma lenda do esporte paralímpico. Entretanto, o sul-africano fez questão de refutar este status em sua primeira aparição pública antes dos Jogos de Londres-2012. Principal nome da competição, o velocista está acostumado a ficar em evidência na capital britânica. Há menos de um mês, na mesma pista onde buscará quatro ouros a partir de sábado, ele arrancou aplausos do mundo ao alcançar as semifinais dos 400m rasos nos Jogos Olímpicos. Em seu “ambiente de origem”, porém, ele quer ser visto como mais um militante em prol da causa dos portadores de deficiência.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça, véspera da cerimônia de abertura, no centro de imprensa, Pistorius foi comparado a Usain Bolt e questionado se pegaria para si a frase do jamaicano, que declarou ser uma lenda olímpica após o desempenho na Inglaterra. Tímido e humilde, ele agradeceu os elogios, mas disse:
- Usain Bolt é uma lenda. Eu espero continuar dando boas contribuições para o esporte. É um prazer enorme estar aqui. Tenho meus objetivos para esses Jogos Paralímpicos e espero alcança-los como já fiz no passado. Mas... eu nunca falaria isso de mim mesmo.
Pistorius prefere gastar suas palavras com outro tema: a socialização dos portadores de deficiência. Mais do que ídolo do esporte, o velocista mostra consciência de sua importância na luta pela igualdade e mostra bom humor ao contar como superou olhares desconfiados antes de se tornar famoso.
- Temos uma importância grande na maneira como percebem as pessoas com deficiência. Lembro que ia ao shopping e quando algumas crianças olhavam para minhas próteses os pais logo diziam: “Não olhe”. Aquela criança não tinha preconceito, mas fazia uma associação negativa. Isso aconteceu por muitos anos, as pessoas com vergonha dos deficientes. Essa é uma grande responsabilidade e entendo que seja difícil para os pais, porque os pais deles não o educaram assim. Por isso, quando vejo crianças eu vejo crianças eu falo: “Oi, meu nome é Oscar e eu tenho essas pernas legais porque fui mordido por um tubarão (risos)”. Faço brincadeiras. É importante mostrar que não há nada na vida que não somos capazes. Mostrar nossas habilidades, não as deficiências.


Em Londres, a consolidação do movimento paralímpico
E foi por mostrar as habilidades de seus competidores que o esporte paralímpico chega a Londres com a previsão de realização dos Jogos mais bem sucedidos da história. Com a imensa maioria dos ingressos vendidos, a expectativa é de que o evento se consolide definitivamente como uma competição esportiva em alto rendimento e não mais um meio de socialização.
- Em Atenas-2004, o movimento paralímpico não era tão grande como o que de hoje. Tínhamos públicos de cerca de sete mil. Em Pequim, tudo mudou. Tivemos casa cheia na maioria dos dias, as pessoas se impressionavam com o que fazíamos. Nos últimos anos, crescemos muito, as reações agora são mais normais. O caminho é longo, mas estamos conseguindo superar estigmas e tabus. Acredito que estes Jogos vão ser os mais acessíveis para o público. Estou animado por poder presenciar isso.
Bastante dessa evolução vem da visibilidade que as conquistas de Pistorius deram ao movimento. A participação nas Olimpíadas foi somente a consagração de uma batalha em busca da igualdade que passou até mesmo por esferas judiciais para que pudesse buscar o índice em competições com atletas convencionais. Tal trajetória inspirou portadores de deficiência mundo afora, até mesmo jovens ousados que colocam em risco sua hegemonia em provas de velocidade, conforme contou de forma bem humorada.
- Ano passado, no Mundial (na Nova Zelândia), um corredor alemão dos 100m disse que tinha perdido a perna em um acidente e ao me ver correr pensou: “Quero ser um atleta”. E ele corre muito bem. Seria melhor que não tivesse televisão no hospital onde estava (risos).


Olimpíadas ou Paralimpíadas?
Apesar de Pistorius procurar sempre manter o foco na competição que começa nesta quarta-feira, perguntas e comparações entre suas performances e conquistas entre olímpicos e paralímpicos foram inevitáveis. O velocista, por sua vez, sempre respondeu com diplomacia e preferiu apontar toda temporada de 2012 como bem sucedida, sem predileção.
- Nunca diria que uma competição é mais importante que a outra. Minha temporada será fantástica se eu fizer o meu melhor aqui. Conquistei coisas incríveis, fiz o meu melhor e estou muito feliz por isso. Olho para trás e vejo que fiz o meu melhor. Sem arrependimentos.
Orgulhoso de sua participação olímpica, o sul-africano apontou ainda benefícios das participações nos 400m e 4 x 400m para os Jogos Paralímpicos. Segundo ele, o fato de já conhecer toda a atmosfera do estádio olímpico pode pesar a seu favor nas quatro provas que disputará.
- Foi uma benção em muitos sentidos. Já tinha tentado me classificar há cinco anos e poder competir entre os melhores me faz querer sempre mais. Além disso, já estou familiarizado com a pista, as entradas já estão vendidas para as provas... Então, vai ser a mesma pista, o mesmo público e espero que isso me ajude.
Se nos Jogos Olímpicos a simples participação pode ser considerada uma vitória, nas Paralimpíadas está claro que o lugar mais alto do pódio é a meta e, até certo ponto, caminho natural. Pistorius está inscrito para os 100m, 200m, 400m rasos e revezamento 4 x 100m rasos e detém o recorde mundial em todas as provas na classe T43. O favoritismo, porém, também representa perigo, e o atleta volta a usar o exemplo das disputas olímpicas para evitar frustrações.
- Paciência é a melhor palavra para o momento. Foi o que não tive nas semifinais dos 400m nas Olimpíadas. Depois dos 50m vi que tinha forçado demais. Vai ser um calendário desafiante. Estou em quatro provas e quero ir bem em todas. Estar no pódio em uma edição dos Jogos não quer dizer que estarei no seguinte. Tenho que seguir trabalhando duro.
Das quatro provas, a dos 100m rasos é a considerada mais desafiadora por Pistorius, que faz questão até mesmo que manter a precaução ao se mostrar satisfeito “apenas” com um lugar no pódio. Em Pequim, ele conquistou três ouros nas provas individuais, além de ainda ter um título nos 200m e uma prata nos 100m em Atenas-2004.
- É o maior desafio para mim. Em Pequim, ganhei por pouco. Acredito que vai ser um grande espetáculo. Quero chegar ao pódio. Por defender o título, vou correr pelo ouro, mas há gente que corre mais rápido e estará menos cansada. Preciso ser realista, nos 200m e nos 400m tenho mais possibilidades.
Pistorius estréia nos Jogos Paralímpicos no próximo sábado, nos 200m rasos, por volta das 15h (de Brasília). O bi-amputado disputa suas provas na classe T44, para atletas com lesões menores que a sua, por conta do baixo número de competidores em sua classe de origem, a T43. O mesmo acontece com o brasileiro Alan Fonteles
Que realmente a luta dele seja tanto contra o cronômetro quanto ao preconceito e que a cada dia que passe as pessoas e empresas possam dar mais visibilidade, respeito e oportunidades a estes super atletas, em todos os sentidos!!!

Pra cima deles Pistorius!!!

Reeditado: Fabio Cezar
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A gana de se superar em evolução

Superação e força. Estas duas palavras podem simbolizar o que representa o esporte paraolímpico. Superando limitações que a vida lhes impôs, seus atletas deram a volta por cima através do esporte para se tornarem motivos de alegria e orgulho nacionais. Embora não seja ainda uma grande potência do paraolímpico e enfrente dificuldades como a escassez de investimentos, o Brasil vem construindo sua reputação no cenário mundial com os êxitos de grandes atletas como a velocista Teresinha Guilhermina, veterana das pistas, e do nadador Daniel Dias, nosso recordista em medalhas.
Em solo brasileiro, o esporte começou a ser praticado pelo cadeirante Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis. Os dois fundaram o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e, meses depois, Sergio Seraphin del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, em 1959.
Mas foi apenas na década de 1970 que o esporte paraolímpico começou a ser difundido com a criação da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE). Na mesma época, o Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos, em Heidelberg, na Alemanha. Nossa primeira medalha viria em 1976, quando Robson Sampaio de Almeida e Luís Carlos Curtinho conquistaram a prata na bocha.


Quase dez anos depois, a corredora deficiente visual Márcia Malsar ganhou a medalha de ouro nos 200m rasos, em Nova York. Em 1995, foi criado o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), órgão responsável pela organização de eventos no Brasil e por enviar equipes para disputar os eventos organizados pelo Comitê Olímpico Internacional. Um ano depois, a delegação brasileira fez sua estreia oficial em uma edição dos Jogos Paraolímpicos tendo um órgão afiliado ao Comitê Paraolímpico Internacional. Hoje, o CPB traz 20 modalidades esportivas destinadas a deficientes físicos.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, o Brasil alcançou o topo da tabela pela primeira vez na história com 197 medalhas, sendo 81 de ouro, 61 de prata e 55 de bronze, deixando para trás, grandes potências como Estados Unidos e Cuba.


Que em Londres, mais uma vez, os nossos super atletas possam definitivamente marcar seus nomes na história e fazer a bandeira tremular no mais alto do pódio na terra britânica, e que as imagens que serão refletidas aqui em nosso país possa ser revertida em apoios e patrocínios para que esses nossos heróis possam continuar a dar orgulho a essa terra Mãe Gentil.


    E que a imprensa "consiga" divulgar ainda mais os resultados paraolímpicos de nossos atletas, que na última Olimpíada em Beijing 2008 conseguiu o histórico 9º lugar, entrando no TOP 10 do mundo!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nossos Super Atletas Paraolímpicos em Londres 2012


  
 A Delegação Brasileira Londres será formada por mais de 300 pessoas. Os melhores atletas do país compõe esta Seleção, num total de 182 desportistas. São 115 homens e 67 mulheres. 36,8% da delegação é feminina, um aumento de 7.6% em relação a Pequim. Na última participação o Brasil conquistou  47 medalhas, sendo 17 ouros, 14 pratas e 16 bronzes. Em Londres cada atleta apresentará sua principal habilidade em busca do 7º lugar no quadro geral de medalhas, o melhor resultado brasileiro de todos os tempos!
Na sequência falaremos sobre as modalidades que o Brasil será representado:

 Atletismo - 35 atletas (24 no masculino e 11 no feminino)
Destaque para Alan Fonteles, Odair Ferreira e Terezinha Guilhermina


Basquete em Cadeira de Rodas - 12 atletas (feminino)
Destaque para Geisa Rodrigues e Lia Maria


Bocha - 7  atletas
Destaque para Dirceu Pinto BC4 (SP) e Eliseu dos Santos BC4 (SP)


Ciclismo - 2  atletas
Nossos representantes são João Alberto Scwindt Filho e Soelito Gohr
  
  

Esgrima em Cadeira de Rodas - 1  atleta
Nosso representante será Jovane Guissone (RS)

 

Futebol de Cinco - 10  atletas
Destaque para Cássio Lopes e Emerson Carvalho


Futebol de Sete - 12 atletas
Destaues para Wanderson Silva e Marcos Yuri
  
Goalball - 12 atletas (seis no masculino e seis no feminino)
Destaques para Márcia Bonfim e Filippe Santos
 



Hipismo - 4 atletas
Os nossos representantes serão Marcos Alves, Sérgio Oliva, Elisa Meralanci e Davi Salazar

Judô - 10 atletas (cinco no masculino e seis no feminino)
Destaque para Karla Ferreira e Antônio Tenório
 


Natação - 20 atletas (14 no masculino e 06 no feminino)
Destaque para Daniel Dias e Clodoaldo Francisco

Remo - 8 atletas
Destaque para Josiane Lima e Luciano Pires
    

Tênis de Mesa - 14 atletas (9 no masculino e 5 no feminino)
Destaque para Bruna Costa


Tênis em Cadeira de Rodas - 5 atletas
Nossos representantes serão Carlos Alberto Chaves, Daniel Alves, Maurício Pomme, Natália Mayara e Rafael Medeiros

Tiro Esportivo
Nosso representante será o catarinense Carlos Henrique Procopiak


Vôlei Sentado - 22 atletas (11 Feminino e 11 Masculino)
Destaque para Janaína Petit e Rogério Silva

Halterofilismo - 5 atletas
Os convocados foram Alexander Whitaker, Josilene Ferreira, Bruno Carra, Rodrigo Marques e Márcia Menezes


Vela
Nosso representantes serão Bruno Landgraf e Elaine Pedroso


Definitivamente, Londres 2012 será  a maior edição dos Jogos Paralímpicos, com recorde de 420o atletas de 165 países competindo em 20 modalidades esportivas. O Brasil competirá pela primeira vez em 18, ficando de fora apenas do Rugby em Cadeira de Rodas e Tiro com Arco. Chegou a hora de torcer para nossos super atletas em Londres, que apesar de todas as dificuldades em todos os aspectos se superam dia-a-dia e resgatam o orgulho de ser brasileiro com o sorriso no rosto e com a medalha de ouro por sererm campeões na vida!!!
Pra frente Brasil!!!


Fonte: CPB - Comitê Olímpico Brasileiro - www.cpb.org.br
Readaptado por: Fabio Cezar